domingo, 28 de julho de 2013

[Pós-Jogo] Guaratinguetá 1 - 1 Palmeiras

Foto: Levi Bianco / Ag. Estado
Por Nathalia Guarezi

Um jogo, duas etapas e um Palmeiras diferente em cada uma delas. Incrível como o time conseguiu mudar tanto sua postura após voltar do intervalo. Mais incrível ainda é não ter aproveitado a vantagem numérica em campo para converter em gols. No fim, o que encaro como positivo no empate contra o Guaratinguetá, pela décima rodada da Série B, foi a linda homenagem ao eterno ídolo Djalma Santos.

O Palmeiras teve nítida dificuldade de se organizar em campo no início do primeiro tempo. Muito por conta do péssimo gramado do estádio Dario Leite, é verdade. Mas a partir dos 15 minutos de jogo, com mais posse de bola, as jogadas pela esquerda foram as melhores tentativas. Não demorou para que a cobrança de escanteio do Vinícius encontrasse Leandro, após desvio providencial do nosso ídolo chinelo Valdívia. Até agora não consigo parar de rir quando dizem que foi jogada ensaiada. Desculpem, mas é difícil imaginar que hoje o Palmeiras consegue essa proeza.

Bom, ainda no primeiro tempo, o Massaraújo teve disposição para errar um recuo de bola, perdê-la para o adversário e ter fôlego para se recuperar e matar a jogada do Guará. Boa, Massa! #araujomania. E o juizão que ignorou o pênalti sofrido pelo Palmeiras? Só por que era o mago ídolo eterno Valdívia, o senhor Vinicius Furlan não marcou a falta dentro da área. Só isso explica (sim, agora abusei da mania de perseguição palmeirense). O lance só serviu para os apaixonados torcedores demonstrarem mais devoção pelo meia. A arquibancada alviverde foi ao delírio no Dario Leite.

Mas delírio mesmo quem teve foi o time do Palmeiras, que fez um segundo tempo bizarro. Tudo bem que o Guaratinguetá voltou muito mais ligado no jogo. Tanto é que, logo aos dois minutos, o Douglas, centroavante Tanque (melhor nome possível), ficou livre de marcação dentro da área. Livre de marcação. O cara recebeu sozinho e o Fernando Prass nada pôde fazer para evitar o empate. Se tem um problema que precisa ser resolvido mais que urgentemente no time alviverde é o setor defensivo.

André Luiz e Henrique tiveram atuações até que regulares, mas ainda causam medo na torcida. Correram muito mais no segundo tempo para dar conta do ataque do Guará, mas ainda assim foram discretos. Juninho, Luis Felipe, Márcio Araújo e Charles também não apareceram como deveriam. Ok, serei justa, o lateral-direito ainda criou jogadas importantes na etapa final. Gosto desse moleque, viu.

Mas para um time que teve um adversário expulso aos 18 do segundo tempo, era esperado que seus jogadores buscassem a virada do placar. Até porque, antes disso, Kleina já havia substituído Charles por Alan Kardec e Vinícius por Ronny. Mas, já dizia o @sorryperiferia: o Palmeiras não tem direito ao AGORA VAI. Então, o Guará ainda pressionou o gol do Prass, que viu a bola beijar a trave.

Insatisfeito, nosso técnico num lampejo sobrenatural resolveu tirar o titular absoluto e líder carisma Massaraújo para mandar a campo o paraguaio Mendieta. Ele acertou passes precisos, mandou o time ao ataque e viu Alan Kardec, sem ritmo de jogo, perder duas ótimas oportunidades de matar o jogo e garantir a vitória do Palmeiras. Espera-se que muito em breve o atacante do além esteja em forma. Nós, da terra, agradeceremos.

No fim, ainda vimos o Ronny ser expulso num lance duvidoso. O Palmeiras, então, saiu de campo com um empate desanimador, muito mais pela postura discreta e omissa. Pouco criou para mudar o panorama do jogo. Na décima rodada da Série B, estamos na vice-liderança com 22 pontos e um jogo a mais que o líder. 

QUEM FOI BEM
Com atuações discretíssimas nos últimos jogos, o Leandro voltou a marcar. O atacante já tem quatro gols na Série B e ainda teve chance de ampliar o placar na partida de ontem. Outro que se destacou contra o Guará foi o meia Mendieta, que acertou bons passes e colocou o Palmeiras novamente no jogo num momento em que só o adversário se apresentava. Valdívia, mais uma vez, mostrou-se feliz dentro de campo. Deu um toque providencial para o gol de Leandro e ainda sofreu pênalti não marcado.

QUEM FOI MAL
Alan Kardec entrou em campo aos 10 minutos do segundo tempo. Teve duas chances, ótimas oportunidades, para marcar e garantir os três pontos para o Palmeiras. Errou. Errou porque ainda está fora de ritmo. Teremos paciência com ele, mas por pouco tempo (somos palmeirenses, não temos paciência).
Charles desapareceu. Teve atuação discreta, apagada e pouco fez pelo time. Tanto que na etapa final foi substituído por Kardec. Heresia da minha parte, eu sei, mas vale lembrar também que o Massaraújo teve um segundo tempo ruim. Nem Gilson Kleina pôde suportar.

NOTAS

FERNANDO PRASS - 6
Mais uma vez, não teve culpa no gol adversário. Com atuação segura, fez boas defesas durante a partida.

HENRIQUE - 6
Primeiro tempo regular, com certa segurança. No segundo tempo, devia estar ligado no lance que originou o gol do Guaratinguetá. Defesa falhou.

ANDRÉ LUIZ - 5
Ainda o considero lento demais. Na segunda etapa foi mais exigido e também teve culpa no gol do Guará. Parece que ele espera a bola pular na sua frente para reagir. Discreto, precisa se impor mais.

LUIS FELIPE - 7
Outra partida segura, apesar do primeiro tempo apagado, não comprometeu. No segundo, ainda fez boas jogadas que quase acabaram em gols. O moleque vai longe.

JUNINHO - 5
Como lateral, espera-se que apareça mais para o jogo. Não ajuda no ataque e ainda ignora o sistema defensivo. 

MÁRCIO ARAÚJO - 6
Primeiro tempo razoável, mas foi superado pelos adversários no segundo tempo. Jogando mal, foi surpreendentemente substituído. 

CHARLES - 5
Sumido, mais uma vez. Kleina não esperou muito para substituí-lo na etapa final.

WESLEY - 7
Não teve uma atuação formidável, como nas últimas partidas, mas foi bem. Armou, chutou, mas não foi decisivo. 

VALDÍVIA - 7
Com um toquinho de leve para o gol de Leandro, por provocar os adversários dentro de campo e sofrer um pênalti não marcado, incendiou a torcida no estádio. Teve atuação normal, com alguns passes aqui e ali. Normal.

VINÍCIUS - 6
Apesar de bater o escanteio que originou o gol do Palmeiras, o atacante pouco fez no restante da partida. Teve pouquíssimas chances.

LEANDRO - 7
O melhor do Palmeiras, pelo gol marcado e por algumas chances que poderiam ter sido melhor aproveitadas.

ALAN KARDEC - 5
Entrou aos 10 minutos do segundo tempo e foi participativo mais uma vez. Mas os gols que perdeu fizeram muita falta. Como ainda não apresenta o ritmo de jogo ideal, não soube aproveitar as chances claras que teve de matar a partida.

RONNY - 5
Esperava mais. Foi discreto, pouco apareceu.

MENDIETA -  7
O cara sabe jogar bola. Entrou nos 15 minutos finais e colocou o Palmeiras no jogo de novo. Teve bons passes e mostrou que pode brigar para ser titular.

GILSON KLEINA - 7
O técnico criticado pela torcida por ser omisso, quieto e não mostrar poder de reação, foi ousado na partida contra o Guará. Isso porque não demorou para fazer substituições (e foram boas, hein) após o gol de empate. Apesar de que podia ter colocado o Mendieta antes dos 30 minutos do segundo tempo.

Obs: a Porco Press vai ignorar a briga que aconteceu entre integrantes de duas torcidas organizadas no estádio Dario Leite Rodrigues. Apenas isso, ignorar.

Um comentário:

  1. Charles anda com o ditado "cada enchadada uma minhoca" na cabeça.

    Wesley vem crescendo e parece que o Flinstone encontrou a posição certa pro rapaz.

    O Leandro - mesmo marcando um gol por partida -= ainda está BEM desligado, correndo com o freio de mão puxado.
    Se tivéssemos substituto, um banquinho cairia bem.

    Se.

    Valdívia continua jogando sério e fazendo a diferença (juiz não marcou o penlaty por achar que o carrinho do Mago foi faltoso).

    Rony foi mal e a expulsão foi pra dar aquela compensada e poder ticar mais um item do livro "Regras Futebolísticas Válidas Somente no Brasil".

    O Agente Russo ainda escreverá como o Chileno é o estrangeiro mais perseguido pela arbitragem depois do Tevez.

    ResponderExcluir