sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Marcelo, é o seguinte:



Parabéns cara. De coração. Não, eu não to te parabenizando pelo seu trabalho à frente do Palmeiras no segundo semestre. Eu esperava que você fizesse um pouco mais. Tudo bem, eu entendo. Você perdeu todos os seus jogadores de meio-campo e teve que reconstruir um time em reconstrução com cerca de 60 jogadores envolvidos em entradas e saídas. Mesmo assim, podia ter sido um pouquinho melhor, né?



Mas eu to te parabenizando por outra coisa, Marcelão. 4 finais em 5 anos não é pra qualquer um. Precisa ser um técnico muito bom pra conseguir isso. E você conseguiu. Além dos dois títulos brasileiros, claro. Mas você deve estar preocupado, né? Perdeu as três anteriores. Não fica não. Eu to escrevendo para te parabenizar e também para te motivar. Vamos aos fatos:

Em 2011, você tinha o Prass contra você. Aí não dá, né? Não é qualquer coxa que bate um time com um goleiro desse nível. E agora, em 2015, o Prass tá do seu lado. Aliás, a gente pode afirmar que o Prass te colocou na final. Quanto a isso você já pode ficar tranquilo.

E 2012, hein? Contra um dos Palmeiras mais fracos de todos os tempos a chegar em qualquer decisão e que ainda perdeu seu artilheiro na véspera do primeiro jogo. Lembra desse jogo, Marcelo? O mago foi o típico mago: truques que resultaram em gol no começo, e a mágica do desaparecimento no final. Lembra onde foi esse jogo, cara? Em Barueri. A torcida desceu a Castelo Branco, lotou Barueri, empurrou 90 minutos e aquele time horrível de doer fez 2 a 0 em vocês. Nem Green Hell nem Green Heaven tirava aquele título felipônico da gente. Da nossa gente. Agora você tem a torcida do Palmeiras do seu lado. E não é no buraco de Barueri. É no Allianz Parque. E é no segundo jogo. Que reviravolta, hein?

Em 2014 você tinha o melhor time do Brasil na ponta dos cascos. Mas aquele Cruzeiro não tinha sangue mesmo, né? E o Galo era o que o Palmeiras é hoje. Um superador nato. Percebeu como tudo mudou a seu favor?

Mas principalmente, nas três finais anteriores você estava do lado do confete. O Coxa 2011 era o time do Guiness Book (você deveria ter mandado seu time tirar o pé depois do quarto gol, viu? Não se faz aquilo com um Santo). O Coxa 2012 era, segundo a imprensa esportiva, ainda mais encorpado que o de 2011, com experiência e contra um time 'fraco' como o Palmeiras, não perderia nem a pau. Perdeu. O Cruzeiro bicampeão brasileiro estava pronto pra repetir a tríplice coroa. Não deu nem jogo, né? O galo dominou os 180 minutos.

E esse Santos, hein? Ricardo Oliveira nem comemora mais. Gabigol só dá de 3 dedos. E a cada 10 reportagens do Globo Esporte, 7 são sobre o cabelo dele. Lucas Lima é a reencarnação do Pelé que ainda nem morreu – e voltou branco. 10 de 10 jornalistas dizem que eles serão campeões. Você sabe o que isso quer dizer, né Marcelão? Você é experiente, po. Você tem tudo pra motivar esse time – que é ótimo – pra bater no time do confete desse ano. Chegou sua hora, Marcelo. Chegou nossa hora, Palmeiras.

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