quarta-feira, 17 de julho de 2013

[Coluna] Pés no chão, amigos

Foto dos diretores de Arena que fazem o meio campo do Palmeiras com a WTorre
(Foto: Flavio Canuto/Blog do Torcedor no GloboEsporte.com)
Por Felipe Portes

Amigos, o Palmeiras não vai virar um time podre de rico e trazer estrelas do futebol internacional só em função do advento da Arena Palestra Allianz Parque Antarctica Itália vai parmera. Não se empolguem tanto com o próximo ano, apesar de ser centenário e provavelmente o nosso ano de retorno à elite.

Digo isso porque já estou vendo muita gente alviverde empolgada até demais com as promessas da WTorre em torno do time de 2014 e de como será a vida do clube com um estádio novo, moderno e cheio de querequexés. 

Poderemos (e vamos) ganhar algum dinheiro com shows, assim como ganhávamos na época do Palestra e os shows de rock que cansamos de assistir do gramado. Haverá sim um senso de profissionalização maior do que nunca, aliás, o mínimo que se espera num clube grande como o Palmeiras e gestor de um estádio colossal. 

Mas não caiam na besteira de esperar craques italianos ou até mesmo brasileiros em alta na Europa chegando no time. Nos comentários do post do Flavio Canuto, no blog do torcedor do Palmeiras no GloboEsporte, vi uma enxurrada de gente pedindo Hulk e Pirlo. A primeira reação foi de riso, claro, mas logo depois tive uma sensação de preocupação. O que estão nos prometendo? O que tanto estamos esperando?

Vamos aos fatos: ainda somos um time sem tantos recursos, disputando a Série B e o público ainda não é tão grande nos jogos do Pacaembu e até mesmo nos que disputamos sem mando no início do campeonato. De repente a obra da Arena está quase pronta e viramos o time com maior potencial no país? Calma lá. 

Devagar com essas expectativas. A parceria com a WTorre não despejará um caminhão de notas de 100 nos cofres do Palmeiras e nem é preciso pesquisar detalhes do contrato para dizer isso. Se fosse só para enriquecer o clube, não seria uma parceria, e sim uma doação. Mas não, não precisamos de caridade, e sim de boa administração.

Também é cedo demais para cravar que estamos diante de uma gestão ótima por parte de Paulo Nobre, tal como também é apressado dizer que está sendo um desastre. Assim como o seu elenco, Nobre precisa de tempo para tentar arrumar a baderna deixada por Tirone e sua corja. Não é hora para fanatismos e cobranças exageradas, o momento é de transição.

E não pense você que amanhã quando tudo estiver bem, o Palmeiras vai virar o destino favorito de jogadores italianos como Pirlo, Balotelli, Gilardino ou Del Piero. Isso é balela e conversa para boi dormir. Ou para os torcedores de videogame. Portanto, vamos colocando os pés no chão. É melhor e mais saudável.

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