[Obsonvações]: Pés no chão

Foto: UOL

Por Obson de Almeida

Ficamos eufóricos com a sensacional virada do Verdão no sábado, mas temos que voltar à realidade e pensar no que vem pela frente. Tivemos uma épica jornada, ainda que contra uma equipe do Z-4 da série B. Vitória que veio na base da raça, da garra, da vontade, meio que de qualquer jeito, no abafa. Mais pela fragilidade do adversário que abdicou de jogar após o segundo gol e foi encurralado em sua metade de campo, do que por méritos de uma estratégia definida em treinamentos para esse tipo de situação.

Duvido que o Sr. Kleina tenha algum dia treinado a equipe com a formação que encerrou a partida. Se nosso treinador espera que algum dia neste campeonato algum time venha para agredir, para nos atacar, comete um ledo engano. Virão todos retrancados, muito fechados, tentando explorar nossos erros. E eles têm acontecido em quantidade muito maior do que o aceitável. A prova disso tivemos no 3-2 contra o Paysandu. Por mais nítidas que estejam as falhas, os equívocos na formação, Kleina não altera nada antes da segunda etapa.

Contra um fraco Paysandu, foi um sufoco. Contra um time bem armado, bem organizado, duvido que estaríamos comemorando nova vitória como fizemos no sábado. Teremos na quarta-feira um confronto contra time da Série A como o Atlético Paranaense, onde poderemos sim medir em que patamar estamos, se temos plantel à altura para iniciar o ano de nosso centenário. Tenho sérias dúvidas em relação a isso, a começar pelo comandante técnico, que parece ter somente bolas alçadas na área dentro do seu repertório de jogadas ensaiadas.

Charles e Marcio Araujo, têm feito apresentações fraquíssimas, e não vemos boas oportunidades para Eguren e Marcelo Oliveira, que corresponderam quando foram chamados. Além disso, os erros de posicionamento dos dois titulares sempre criam sérias dificuldades para Luiz Felipe e Juninho, que ficam sem cobertura quando apoiam.

Mendieta mostrou um pouco do que sabe contra os paraenses, mas na falta de Valdivia, precisamos de alguém para a criação. Alan Kardec mostrou que se a bola chegar ele sabe o que fazer, e muito bem.

Só nos resta torcer. Vamos empurrar nossa equipe, bem ou mal escalada, pois precisarão de nosso apoio na Copa do Brasil.