sexta-feira, 16 de agosto de 2013

[Coluna] E SE #1 - Vágner Love

por Dimitrius Pulvirenti

E se fosse diferente? E se o presidente fosse outro? E se o juiz marcasse o pênalti? E se o técnico tivesse sido demitido. Começa agora [entra música de fundo] a série E SE. A ideia é na verdade criar os cenários que o Palmeiras teria caso algo acontecesse - ou não acontecesse, como é o caso de hoje. No primeiro e talvez último episódio: E SE o Palmeiras não tivesse vendido Vágner Love em 2004 para o CSKA? O que aconteceria com ele, com outros jogadores, com o treinador? No final, uma surpresa que fará sua cabeça EXPLODIR.

Antes, um aviso. A série "E SE" não tem nenhuma vontade em ser racional ou se basear em qualquer coisa que não seja a IMAGINAÇÃO. Conforme forem lembrando de fatores relevantes para a história, deixem seu comentário e irei SALPICANDO o post de atualizações e profecias.

LADO BOM: PALMEIRAS, PENTACAMPEÃO BRASILEIRO (hoje seria ENEACAMPEÃO)

12 de junho de 2004. Após longas negociações com os russos do CSKA, o Palmeiras dá um ultimato: se o depósito não chegar, a negociação está encerrada. Não deu outra: o CSKA, envolvido com problemas com Roman Abramovich, então sob investigação da UEFA, voltou atrás e acabou desistindo da contratação de Love. Mustafá Contursi, presidente do Palmeiras, ainda ofereceu o atacante a outros clubes, mas sem sucesso. A contragosto do presidente, Vágner ficou e ganhou um aumento salarial. Até o fim de 2004, Vágner estava garantido no Parmera. Recebendo mais, convocado para a Seleção, Love deitou e rolou no Brasileirão e acabou artilheiro, superando WASHINGTON CORAÇÃO DE LEÃO com 35 gols.

O time disputou o título com Atlético-PR e Santos nas rodadas finais. Mas acabou se distanciando de ambos quando, voltando de contusão, Pedrinho fez atuações espetaculares nos últimos cinco jogos, fazendo gols e dando assistências para Love e Tiago Gentil (Muñoz se lesionou no começo do Brasileirão). Apelidado de Podrinho pela torcida, o meia acabou sendo reverenciado ao final do torneio, quando a Diretoria lançou a camisa especial do título com os dizeres VIDA LONGA AO REIZINHO.

Pedrinho e Love, não há dúvidas, foram os nomes do título, mas nenhum deles fez o gol do título. Este estava destinado ao maior matador de todos os tempos, Jardel. Ou, como a torcida passou a chamar, JarDEUS.

Estevam Soares, primeiro treinador a ser campeão depois de Vanderlei Luxemburgo e Felipão, renovou o contrato até o fim de 2006, contendo uma cláusula que permitia sua saída sem rescisão caso fosse convocado à Seleção Brasileira após a Copa da Alemanha.

LADO RUIM: MUSTAFÁ DE NOVO COM A FORÇA DO POVO

Mustafá Contursi, figura das mais polêmicas na história palestrina, lucrou com o título. Enquanto o time disputava o título, Contursi anunciou que deixaria a Presidência que já ocupava há 12 anos se o time fosse campeão. O time foi campeão, os protestos cessaram e Mustafá decidiu disputar mais uma vez o pleito. O presidente decidiu dar uma entrevista exclusiva ao jornalista Ricardo Perrone, na Folha, após sua sexta reeleição.

Elogiou seu modelo de gestão, citando a ótima situação econômica em que o clube se encontrava e fazia uma profecia: os rivais gastariam os tubos para tentar se igualar ao Palmeiras e acabariam quebrados e o Palmeiras criaria uma DINASTIA no futebol brasileiro que só encontraria paralelo no SANTOS DE PELÉ.

A oposição, enfraquecida com o título e sabendo não ter chance de vitória decidiu lançar um novo quadro para o pleito, apenas para marcar presença: um piloto de rally conhecido como Palmeirinha. Apesar da eleição fácil de Mustafá, a eleição criou um rancor do presidente com o oposicionista. Declarado vencedor, Contursi afirmou: "O Palmeiras permanece no rumo certo. O candidato da oposição é do mesmo tipo do Luiz (Gonzaga Belluzzo). Estarei sempre do lado contrário ao dele nesse clube, defendendo os interesses do clube, que é a razão da existência do Palmeiras".

Logo após ser reeleito, acabou vendendo Vagner Love para o Barcelona por 7 milhões de dólares, gerando a revolta da torcida. Com Ronaldinho Gaúcho, que viria a ser seu grande amigo e sob os ensinamentos de Samuel Eto'o, Love tornou-se um dos melhores atacantes do mundo e titular da Seleção Brasileira - era reserva até a polêmica com a proto-obesidade de Ronaldo, mal no primeiro jogo e barrado por Parreira.

Estevam Soares, sem sua principal estrela, apostou em Jardel, que se machucou na primeira partida da Libertadores. A recuperação nunca terminava e acabou que JarDEUS pediu para ser emprestado ao Grêmio. O Palmeiras fez campanhas pífias no Paulistão e na Libertadores e optou por não demitir o treinador, que receberia uma rescisão milionária que iria contra a política econômica do clube. O time resolveu contratar jogadores pedidos pelo técnico. Estevam se mostrou um técnico mediano e, mesmo com os reforços, o time era o penúltimo no Brasileirão. O Palmeiras não teve alternativa a não ser gastar o resto do dinheiro de Love com a rescisão do treinador.

SEÇÃO "VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR": GILSON KLEINA NÃO SERIA O TÉCNICO DO PALMEIRAS HOJE

Após a vitória contra o São Paulo por 2 a 1, que marcou a despedida de Luís Fabiano e o FICO de Vágner Love, o Palmeiras enfrentou o Paraná. O tricolor paranaense estreava o seu novo técnico, o desconhecido GILSON KLEINA. O Palmeiras (que, na vida real, venceu por 2 a 1) ATROPELOU O PARANÁ por 5 a 0, em uma partida em que duas das três alterações de Kleina foram expulsas (não, isso não aconteceu de verdade). O time do Paraná se desmontou e Kleina foi demitido após quatro partidas. A mídia especializada o apelidou de Gilson QUEIMA, apelido que pegou e inviabilizou sua carreira em clubes de expressão.

Um comentário:

  1. A seção " você não vai acreditar" , tá muito próxima da realidade , muito "crível" ...rsrsrsrs
    Boa Dimi.!!!!

    E se o Felipão não tivesse dispensado o Pierre ?
    teríamos hoje um ótimo primeiro volante ?

    E se o Ronaldinho Gaucho tivesse escolhido voltar para o Brasil no Verdão e não no Mengo ?

    ResponderExcluir