sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

[Coluna] O que eu espero do Palmeiras em 2014

O Allianz Parque é uma das principais motivações
do torcedor para o ano do Centenário
Foto: 3DM
por Nathalia Guarezi

Quando me preparava para escrever esse texto, ainda não tinha decidido se devo ficar otimista ou pessimista com essa temporada. O discurso nada empolgante da diretoria colabora para entender que o que vier é lucro. Por outro lado, o Centenário ainda me dá esperanças de que algum milagre vai acontecer na Academia de Futebol e o time entrará em campo ensandecido para vencer todos os jogos. Todos.

De volta ao mundo real, a verdade é que eu tenho receio do Centenário. A história nos mostra que a temporada de comemoração dos 100 anos de alguns clubes foi vergonhosa. Para evitar que isso aconteça por aqui, a diretoria já afirma que não vai cair na empolgação da torcida, que pede toda e qualquer maluquice para ver em campo o time dos sonhos. “Pelo menos no Centenário”, suplicam. Isso não vai funcionar, sabemos.

Diante disso, restam poucos fatores para motivar o torcedor em 2014. O que me deixa mais ansiosa nesse ano é o desfecho da novela Arena. Quando sai, ninguém sabe. Mas, quando sair, todos farão uma grande tarantella para comemorar. Tem sido assim nos últimos anos. Tradição italiana ao extremo em todas as circunstâncias, porque a todo o momento brigamos ou tentamos honrar o passado vitorioso como se vivêssemos numa eterna colônia.

Por causa dessa constante tensão, tenho receio do que o Centenário pode resultar no fim da temporada. Em meio a desconfianças, confesso que é impossível não se entusiasmar com o Palmeiras nesse ano simbólico. A cada jogo a gente vai pedir a São Marcos que jogue por nós. A cada apito inicial a gente vai cobrar que o elenco em formação honre nossa camisa. Elenco que ainda observo com desconfiança muito mais pela experiência dos anos anteriores do que pelas características dos jogadores.

O que resta, enfim, é a esperança. Esperança que o time esteja entrosado a tempo de ganhar o Paulistão. Esperança que a Arena fique pronta antes de agosto. Esperança que o Kleina vibre, cobre, grite e escale melhor. Esperança que a gente tenha um craque para chamar de nosso. Esperança que o Palmeiras, finalmente, tenha um time digno dentro de campo.

Não quero, porém, que reste só a esperança. Definitivamente, essa diretoria tem o dever de colocar o clube no século 21 com um bom futebol. O que eu espero do Palmeiras em 2014, então, é menos politicagem e mais bola na rede. Que venha o Centenário.

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