quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

[Coluna] O que eu espero do Palmeiras em 2014

O Palmeiras de 2007 foi o rascunho do time campeão paulista
em 2008, apesar de fraco e sem personalidade
Foto: Estadão
por Felipe Portes

É a primeira vez no ano que eu vou tentar reunir meus prospectos para o Palmeiras em 2014. Olhando de uma forma minimalista, não acredito que o Centenário motive tanto quanto a volta à Série A. Afinal, é sempre uma esperança exagerada de que os 100 anos tragam um caminhão de títulos. É quase sempre frustrante chegar em dezembro sem nada novo no salão nobre.

Convenhamos, a gente vive dizendo que não vive de títulos, mas fomos mimados pelos anos gordos com a Parmalat. Nem mesmo a fase desgraçada nos anos 2000 apagou essa vontade (que denota a nossa grandeza) de sempre brigar por alguma coisa. Lembremos que os anos que precederam o título paulista foram bem difíceis de aturar, visto que o elenco era aquele baseado na lei do bom e barato. 

Qual é a diferença de 2007 para agora? Só a diretoria e a responsabilidade de fazer uma boa campanha nesse retorno. De resto, o elenco é bem meia boca e as más escolhas continuam sendo tendência. Por exemplo: analisemos a situação dos nossos atletas emprestados e sem perspectiva de voltarem ao time titular. Continuamos pagando salário ao invés de vender, temos pouco dinheiro para oferecer nesse modelo novo de contrato de produtividade. 

Parece normal querer usar esse escasso recurso para sanar mais problemas na formação, a começar pela defesa. A saída de Vílson deixará um buraco, maior ainda se sabemos que o reserva André Luiz também vai picar a mula. Disso tudo vocês já devem saber ao acompanhar o noticiário e atualizar a cada cinco horas em busca de novas contratações. Ou sou só eu, enfim.

Não espero que o Palmeiras vá chegar na Série A como o adversário a ser batido, que chegue lutando pela Libertadores ou quiçá vá longe na Copa do Brasil. Na condição de palmeirense, é natural esperar que o sobrenatural faça sua força para piorar uma situação. Estava ontem mesmo conversando com o Pulvirenti sobre o azar que o parmera tem na contratação de jogadores. É sempre uma novela, e quando não é, alguma coisa dá errado depois. Por exemplo: imagine que Pirlo estivesse prestes a assinar contrato, mas a tinta da sua caneta acabava e o negócio era cancelado. Ou para ir mais além: Abidal diz que quer encerrar carreira no Palmeiras, tenta embarcar num avião para São Paulo, mas o voo é cancelado. Nesse intervalo, ele reconsidera a decisão e se aposenta antes. Toda tragédia é pouca quando se trata do Palmeiras.

Posto isso, sinto como se esse não fosse mesmo o ano para esperar sucesso. Aí vem aquela converseira de que "ah, é ano de centenário", "ah, mas é ano de inaugurar a Arena", como se a obra não tivesse de estar pronta desde novembro de 2013. Reconheçam: é sempre o pior cenário possível. Uma prova disso foi a Libertadores-13. Começamos sem esperança alguma, com um time tosco demais, desfalcado. Passamos com certo sufoco, com mais sorte que juízo, e recuperamos o espírito de competição voltou. Aí o time lembrou que era ruim e fez aquela bobagem colossal contra o Tijuana em casa. Mesma coisa na Copa do Brasil, ainda que por um jogo só.

Não há um cara nesse time que faça a gente pensar que possa ser muito diferente, que o sabor de 2014 vá ser um pouco melhor do que esse miojo sem tempero que foi 2013. Valdivia joga quando quer, Wesley é presepeiro e craque de jogo resolvido. Henrique precisa parar de ser desmiolado, Leandro a mesma coisa e Alan Kardec poderia ficar acordado em mais partidas. O treinador poderia ser alguém mais dinâmico, alguém que soca a mesa se o time não estiver se empenhando o bastante. Contudo, é o que temos para esse ano, já que o presidente resolveu implantar uma nova filosofia quase austera para operar o caixa. Não posso o culpar por ser prudente e até concordo em não fazer grandes loucuras em nome da falácia da obrigação de empilhar taças no centenário. Ninguém nunca faz isso, não é nosso dever fazer.

O ano de 2009 ensinou que para ser grande, é preciso ousar, é preciso dar um salto mais corajoso do que nos que a gente dá jogando amarelinha. A aposta é alta, mas o retorno é quase sempre bom. Quatro anos atrás, tivemos um elenco realmente competitivo, peças que podiam nos devolver ao rol dos campeões, mas o detalhe nos tirou o doce. A questão é: precisamos passar por isso de novo em tão curto espaço de tempo?

O lado bom de não esperar nada do Palmeiras é que as expectativas estão naturalmente no chão. Me surpreenda, alviverde.

6 comentários:

  1. Velho, sinceramente vc não é palmeirense, é um bunda mole que senta na frente do teclado e escreve um monte de merda, antes que eu me esqueça, por ter perdido meu tempo nesse blog tosco....VAI SE FUDER, SEU GAMBA FILHO DA PUTA....

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  2. Nossa, mas que nervosinho. Não tomou seu remedinho hoje, amigo?

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  3. nunca vi tanta merda escrita de uma só vez

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  4. Então nem perde teu tempo pra vir xingar cara. Faz isso com a tua vida. Precisa mais agredir não, já entendi que você achou uma merda. E é tão valente que precisa postar anônimo... vai ver se eu tô lá na esquina, bro.

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  5. Respeito sua opinião e por mais que discorde da mensagem geral, acho bom ler idéias contrárias.

    Só que você está negativo demais. A impressão que tenho de muitos palmeirenses é bem diferente. Talvez seja o caso de baixar um pouco a expectativa, mas ser tão do contra assim parece exagero.

    É claro que é mais fácil apostar no insucesso. "Tá lá, eu avisei". Da minha parte, estou levemente otimista, afinal nada melhor que uma grande mudança de elenco, estádio, centenário para tentar fazer as pazes com o time.

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  6. Fico feliz quando alguém consegue discordar tendo uma ideia por trás, com bons argumentos. É que a reta final na Série B, com aqueles jogos horrendos, deixou uma má impressão, amigo.

    Em todo caso, obrigado por discordar, é sempre bom poder ver o outro lado.

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