segunda-feira, 28 de outubro de 2013

[Coluna] O defeito de Kleina

Foto: Lance!
por Dimitrius Pulvirenti

Acesso antecipado. Melhor ataque e melhor defesa. Aproveitamento de 71,9%. O elenco está unido e feliz, pedindo sua permanência. Gilson Kleina cumpriu o objetivo traçado para 2013. Mesmo assim, é impossível prever se a diretoria deseja sua permanência para o centenário.

Kleina assumiu a equipe brigando contra o rebaixamento. Após três vitórias nos três primeiros jogos, não conseguiu manter o ritmo e acabou rebaixado duas rodadas antes do término do Brasileirão. Foi poupado das críticas. Ora, a situação já era bastante difícil, não dava pra esperar que o time arrancasse da zona de rebaixamento e se salvasse.

O ano começou mal, o elenco não tinha sequer 20 jogadores. Improvisando ali, usando jogador da base acolá, Kleina segurou a bronca durante o início do Paulistão enquanto o grupo era montado. Perdeu seu melhor jogador para o Grêmio durante essa fase. Acabou a primeira fase em sexto lugar, atrás de Ponte Preta e Mogi Mirim. Após um jogo ruim na Vila Belmiro, acabou eliminado nos pênaltis. Impossível reclamar: afinal, ninguém esperava que o Palmeiras brigasse pelo título.

Na Libertadores, o Palmeiras jogou sem muita pressão. Num grupo bastante equilibrado, classificou-se como líder do grupo, junto com o Tigre, da Argentina. Avançou às oitavas-de-final e, após um empate no México, acabou eliminado após um frango histórico de Bruno no Pacaembu. Não dava pra reclamar de Kleina: afinal, ninguém esperava mais do que isso.

O Palmeiras entrou na Copa do Brasil com a competição rolando e seu primeiro adversário foi o Atlético-PR. No Pacaembu, vitória por 1 a 0 que dava a vantagem do empate no Paraná. Mas, sem uma defesa sólida, o time acabou encurralado pelo Atlético-PR, que marcou três gols e eliminou o Palmeiras. Diretoria e torcida reclamaram da postura da equipe, mas o Atlético-PR era um dos líderes do Brasileirão e vinha em uma ótima sequência. Friamente, o resultado era o esperado.

Começou a Série B aos trancos e barrancos. Após a parada para a Copa do Mundo, Kleina engatou 11 jogos de invencibilidade que praticamente definiram o acesso. Com pouca motivação, o time disputou o resto do campeonato apenas cumprindo tabela, vencendo sem fazer muita força. Subiu com facilidade e alcançou o principal objetivo de 2013, mas não dava pra comemorar, era o que todo mundo esperava.

Não dá pra saber se Kleina terá seu contrato renovado e a chance de mostrar, na Série A, que é um técnico de elite. Em 2013, seu maior defeito foi não fazer nada além do que se esperava dele.

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