domingo, 30 de março de 2014

[Paulistão] Estamos sem notícias

Foto: Terra
por Dimitrius Pulvirenti

Ano após ano, novidades. Ano após ano, pensamos que viramos a esquina. Ano após ano, um soco na cara. O Palmeiras está eliminado do Campeonato Paulista. Foi a campanha mais segura dos últimos anos - na primeira fase, mais até que a do título de 2008. O final foi igual ao dos últimos 14 anos: um vexame, da pior maneira possível.

Não há campanhas perfeitas. Todo time comete erros em algum momento do campeonato, até mesmo um invicto. O Palmeiras fez quase tudo certo. Tinha um bom goleiro, um sistema defensivo que, se não era ótimo, dava pro gasto, e um ataque que tocava bem a bola e jogava bem. Muito diferente do que fizemos nos últimos anos.

O Palmeiras fez um bom primeiro tempo. Não sentiu tanto a falta de seu melhor jogador. Criou algumas chances e achava espaços entre os jogadores da melhor defesa do campeonato. Em quinze minutos, perdeu seus outros dois melhores jogadores: Alan Kardec e Fernando Prass.

Uma aura de pessimismo formou-se tão rapidamente como sumiu a organização do Palmeiras. A pressão inicial logo mostrou sua verdadeira face: desespero, bagunça, nervosismo. As pernas dos jogadores tão pesadas quanto a camisa que vestiam.

A cada minuto, era mais óbvio que alguma coisa diferente precisava acontecer para o Palmeiras voltar a comandar a partida.

Aconteceu.

No meio do segundo tempo, Valdivia entrou em campo e o Palmeiras teve os seus melhores minutos no segundo tempo. Contudo, se na partida contra o Bragantino o cartão amarelo do Valdivia encheu de energia o time, contra o Ituano o mesmo cartão amarelo drenou toda a animação que sua entrada proporcionou.

O gol do Ituano acabou com o jogo.

Podemos dizer que foi culpa do Juninho, do Wellington, do Bruno (nesse caso, não foi dele), mas o gol do Ituano estava destinado a acontecer. Era o que faltava para tornar tudo ainda pior. Ao palmeirense, nem a desculpa de que pênalti é loteria. Nessa roleta que é o futebol, o Palmeiras sempre tem azar.

Parte da culpa recai sobre Gilson Kleina. Algumas perguntas se colocam à frente, mas a principal delas é: Kleina é capaz de ser técnico do Palmeiras com o péssimo retrospecto em decisões? O futuro do Palmeiras passa por essa decisão. Ela não deve ser tomada agora, mas em breve. Estamos a alguns jogadores de ter um time competitivo para o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil ou também a um técnico?

O Palmeiras está no caminho certo.

O mais duro de tudo é que não podemos jogar tudo para o alto e começar de novo. Estamos fazendo tudo certo. Os melhores clubes, hoje, são os que investem de forma responsável e correta. Lúcio foi uma boa contratação e Bruno César, se não jogou o que esperávamos, está crescendo. Mendieta foi o melhor meia na partida de hoje.

Todos os times entram em crise e as do Palmeiras duram mais. É duro, mas o melhor a fazer agora é ficar calmo e acreditar que essa foi a última vez.

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