segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

[Coluna] Fica ou sai: Bruno

Foto: AE
por Dimitrius Pulvirenti

Com o fim da temporada, começam as especulações. A PorcoPress analisará o elenco do Palmeiras, sobretudo jogadores cuja permanência está sob perigo. Não faz sentido questionar a permanência, por exemplo, de Alan Kardec, que tem contrato até o meio de 2014, a não ser que alguém queira contratá-lo. O personagem de hoje será o goleiro Bruno, não o que está preso, mas aquele que nos dá vontade de ir pra cadeia só por lembrar de algumas atuações.

Ano passado, quando já era possível vislumbrar que o título da Copa do Brasil era nosso, vi Bruno chorando e o jogo ainda rolando. Pensei: "esse é o nosso goleiro". No dia seguinte, ele foi ao programa do Neto (me desculpem, era um dia após o título, eu assisti a todos os programas esportivos) e falou sobre como ama o Palmeiras, como sempre foi torcedor. Eu realmente acreditei que ele seria o goleiro dos próximos anos.

Havia motivos para acreditar. Ele fez uma ótima Copa do Brasil, apareceu sempre em momentos-chave e foi um dos principais responsáveis pelo título. Entretanto, veio o fatídico Brasileirão e, conforme as derrotas iam vindo, mais sua imagem de goleiro titular ia se deteriorando. Apesar das fortes críticas de alguns, eu não era daqueles que achava Bruno um péssimo goleiro. Contudo, veio Fernando Prass e eu conheci a verdade.

Durante o ano, e sobretudo na Série B, Prass jogou em um nível que não víamos desde os melhores tempos de Marcos. Arrisco dizer que houve partidas na Série B em que ele esteve no nível do Marcos. É esse o meu nível de confiança nele nesse momento. Não sou um especialista em guarda-redes, mas confio bastante no Prass, mais do que sempre confiei no Bruno.

A permanência do Bruno, entretanto, não passa por isso. O trabalho que ele busca não é o de titular, mas o de reserva. O que se espera de um goleiro reserva? Que entre em campo quando necessário e mantenha por uma sequência de jogos um nível aceitável e que não prejudique o time. Durante a lesão de Prass no início do ano, Bruno entrou contra o Ituano e cometeu duas falhas. Na Libertadores, contra o Tijuana, bem... eu prefiro não falar disso.

Bruno já não é mais nenhum menino. Ele não vai se tornar um grande goleiro. Ele é isso aí. Prass, por sua vez, já está indo para seus últimos anos de carreira. Em poucos anos, alguém vai herdar a posição e o próximo na linha sucessória não pode ser o Bruno. Simples assim. Apesar da amargura da torcida, a posição de goleiro é a única na qual o Palmeiras tem algum histórico de revelação. O investimento deve ser feito em alguém que o Palmeiras acredite que possa assumir a posição em dois ou três anos. Fábio Szymonek, Raphael Alemão, não sei. Só não pode ser um goleiro que está à beira dos 30 anos e não consegue ser regular o bastante durante alguns jogos em que precise substituir o titular.

Tchau, Bruno.

Um comentário:

  1. tenho minhas duvidas sobre a permanencia do Bruno ou não, acho que o fato de ele vacilar em um jogo tão importante para o Palmeiras é um grande fator negativo, Por exemplo se o Marcos falasse nas quartas de final da Libertadores de 99 contra o Corinthians eu duvido que ele seria o São Marcos, o que eu quero dizer é que a situações que vc não tem o direito de errar é como se fosse um atestado de óbito o erro, e é isso o que ocorreu com o Bruno, ele não passa confiança na sa~ida do gol sem dizer quem em varios momentos em que tinha que sair do gol ele não saia e aquela fala contra o Tijuano foi fatal em sua trajetória no Palmeiras, pode suar um tanto cruel mas ele não é digno de ser o goleiro do Verdão, Prass mostrou um excelente nivel como vc disse em sua disssertação mostrando até em certos momentos uns "lampejos de São Marcos". Bruno pra mim sai.

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